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blogue editado por José Marques Mendes e Luís Luz

9 de abril de 2011

Líderes sem princípios? No way.


Os executivos continuam a ser responsáveis hoje em dia por estabelecer um sistema de gestão, ou seja, de definir o que é que se deve fazer, como, quando e quem. No entanto, a nova realidade das empresas exige que se preste atenção a outra dimensão de actuação do executivo. Num mundo que muda cada vez mais e está cada vez mais exigente, os executivos estão obrigados a prestar atenção a uma esfera que tem muito a ver com o desenvolvimento de habilidades interpessoais e emocionais: A liderança!

Por um lado temos a gestão, muito vocacionada para a resolução de problemas e, por outro lado, a liderança como ferramenta que permite enfrentar as adversidades das mudanças sistemáticas e necessárias. A liderança não deve ser tida como algo misterioso e místico. Não deve ser associada ao carisma ou algo exótico da personalidade das pessoas.

Não pensar que só diz respeito a uns quantos eleitos e abençoados.
Naturalmente que nem todos podem ser bons como gestores ou líderes. Algumas pessoas podem ter a capacidade para chegar a gestores extraordinários mas nunca lideres fortes. Outras têm um grande potencial de liderança, mas por uma série de razões, têm dificuldade em converterem-se em gestores eficientes. As empresas inteligentes e competitivas, valorizam os dois tipos de pessoas e esforçam-se para que ambos se integrem em grupos de trabalho.

Se sobre gestão muito se escreve e se ensina nos nossos dias, então como devemos entender a liderança de uma forma perceptível?
A velocidade a que as coisas se estão a desenvolver e, nomeadamente nas empresas, a exigência para os resultados é cada vez maior, há pouca visibilidade e é necessário tomar decisões a cada instante. É necessário ter instrumentos que nos orientem, que nos indiquem o verdadeiro norte para não nos enganarmos.

Estes instrumentos são os nossos princípios!
Os princípios da liderança são tão simples que nos esquecemos por completo. Confundimos frequentemente a autoridade com poder e o respeito com o medo o que origina relações tensas e receosas entre chefias e colaboradores, terminando em resultados desastrosos.

Para evitar "mal entendidos" o líder deve deixar claro e explícito o que é importante para ele, quais são os seus valores e deve actuar de acordo com tal.
Os valores absolutos são inerentes ao ser humano, não mudam e são pilares universais, como por exemplo, a honestidade, o respeito, a justiça e o amor.
Os valores relativos variam de pessoa para pessoa. Podem mudar com o tempo e de acordo com as situações, como são o caso do rendimento, da estética, da poupança e da organização.Aliás, os benefícios de viver e actuar de acordo com os nossos princípios dificilmente se vêem no curto prazo. Pelo contrário, é necessária muita convicção, persistência e coragem para aceitar as dificuldades que muitas vezes supõe ser fiel a esses valores.
Tenhamos claro os nossos valores e princípios na hora de nos assumirmos como líderes. Não vale qualquer coisa.
José Marques Mendes

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