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blogue editado por José Marques Mendes e Luís Luz

23 de maio de 2011

O líder de opinião...

...tem de ter consciência de que o é.

Vou dar um exemplo do comportamento que não é correto ter quando se pretende ser uma referência.

Há dias estava numa conferência literária com autores. No final das exposições dos autores surgiram as questões que normalmente surgem da audiência, dos espectadores. Surgiu uma pergunta que foi colocada à mesa. Respondia quem queria.


A pergunta era:
- sobre se o autor quando escreve o livro (o romance era o caso), pensava no leitor?
Surgiu logo um autor a referir com muita determinação, e até a pedir desculpa por ser tão frontal, mas que não pensa no leitor quando escreve. Esforça-se muito, dá muito de si, muito da sua sanidade mental mas que não está a pensar no leitor (enquanto destinatário da obra).
Logo assisti outro autor, no mesmo sentido mas argumentando de forma diferente, que também escreve a não pensar no leitor.

Assisti e confesso que me caiu mal.
Até esse momento estava a gostar bastante das exposições mas aquele egoísmo, aquele narcisismo, aquela centralização em si mesmo, mexeu comigo. Destabilizou-me. Não pensei em intervir porque não sou de intervir nestas ocasiões.
Houve no entanto alguém, da assistência que, de uma forma brilhante, serena e assertiva, evidenciou aos autores que eles antes de serem autores, foram e provavelmente ainda são leitores. De outras obras que não as suas mas, são certamente leitores.
Leitores que aprendem, que crescem pela leitura do que os outros escrevem.
Assim, mesmo que não fosse por mais nada, não esquecer que outros, ao ler o que escrevemos, se estão a desenvolver e a formar. Mesmo discordando do que lêem, ganham convicção nesse pensamento.
Claro que logo a seguir, após esta exposição brilhante e aplaudida pelo silêncio, humildemente reconheceram que de facto…não é bem assim. Até se motivam com o leitor. Claro está, se os livros publicados não tiverem compradores, provavelmente eles nem seriam autores – disse um.

Um gesto ou um comportamento humilde é algo que deve estar sempre presente no líder, mesmo que ele seja apenas, um líder de opinião.
José Marques Mendes

18 de maio de 2011

Todos precisamos de um pára-quedas.

Não sou de aconselhar livros mas, vou-me atrever a fazê-lo.
Este livro, nos dias de hoje a para os anos que se avizinham, não é um custo. É um investimento.
Se se juntarem duas pessoas para a compra, não fica mais que 9€ a cada.
Não é ficção. É realidade. É Técnico.

Em Portugal estamos a caminho dos 15% de desemprego.
A competitividade pelo trabalho vai aumentar agressivamente.
As empresas estão a ficar com níveis elevadíssimos de exigência.
O recrutamento jamais seguirá padrões convencionais.

Os currículos estão a perder significado.
As entrevistas não têm peso na decisão.
A antiguidade não é um posto.
As redes sociais não são solução.

Há que criar defesas para si mesmo.
Há que liderar o seu próprio futuro.
Há que ter uma noção de como se fazem as coisas.
Há que desenvolver-se na conquista profissional.

É por isso que no âmbito da liderança aconselho este livro.
Um pára-quedas bem definido e à cor de cada um.
Que permita voar e levar-nos a algum lado.
Num céu aberto de oportunidades mas com um perigo:

…se não tiver um rumo, não saberá para onde ir.
...se não sabe para onde ir, não aprende.
...se não aprende não ganha valor.
...se não ganha valor, fica nos 15%.

José Marques Mendes

15 de maio de 2011

Rafael Corzo

O que é, para si, um mau líder?

Pienso que hay muchas definiciones y de hecho tenemos que tener en cuenta que aprendemos mucho mejor a conocer a un buen líder cuando hemos tenido la “suerte” de conocer de cerca de malos líderes.
Pero como creo que a veces una imagen nos ayuda a entender mejor que las palabras, dejo este link, que pienso que define de una manera simpática lo que uno no debe hacer si quiere ser considerado como un lider...
Rafael Corzo

8 de maio de 2011

O caos é uma oportunidade...para uma estrela


É necessário ter o caos cá dentro para gerar uma estrela, diz Friedrich Nietzsche.

Ao rever este pensamento penso em Portugal. Não vou mais longe. O nosso país.
Estamos numa encruzilhada que precisa de gente valente. Gente que queira ir em frente e fazer historia. Não duvidemos que vamos ultrapassar este momento de tormenta e que avistaremos a boa esperança.

Outros o fizeram em tempos e hoje precisamos de puxar pela história.
Não deixemos para os políticos a saída da crise. Não depende deles.
Depende de nós mesmos. Da nossa força de fazemos mais, melhor e até descobrimos outras formas de atingir a esperança.

No meio das dificuldades saem os fortes. Os valentes. Os heróis.
Os que iremos fazer história para os nossos filhos e netos.Vamos. Aproveitemos o caos económico e financeiro para nos tornarmos estrelas.

Estrelas na serenidade com que encaramos as dificuldades;
Estrelas ao descobrir como fazer e sermos melhores no dia seguinte;
Estrelas ao conseguir realizar o que queremos;
Estrelas no relacionamento assertivo com os outros;
Estrelas porque os outros nos vêm assim;

Ser uma estrela é ser incansável. É ser-se líder...sem diploma.

José Marques Mendes

5 de maio de 2011

Rafael Corzo

1.Considera que é possível exercer liderança sem que, hierarquicamente, se tenha uma equipe?
Sinceramente pienso que si, cuando oímos hoy en día a alguien hablar de liderazgo, lideres etc. estamos pensando siempre en grandes organizaciones o grandes personajes y a veces nos olvidamos de que las grandes ideas o las grandes organizaciones nacieron sin estructuras .

Podemos aprender mucho con personas u organizaciones que con una dimensión pequeña nos están dando muy buenos ejemplos de cómo gestionar situaciones complicadas, conflictos o de cómo conseguir objetivos y que no disponen de recursos, estructuras o equipos.
Esas personas u organizaciones, sin una estructura previamente definida, consiguen destacar(a través de la influencia que generan) y por eso terminan convirtiéndose en personas de suceso o bien en organizaciones que consiguen perdurar en el tiempo o que van adquiriendo una dimensión diferente.


2.Pode dar um exemplo na sua vida em que "ser líder" foi crucial?
Pienso que dar un ejemplo que tenga que ver con la vida profesional podría ser fácil por alguna de las situaciones que he tenido la suerte de vivir dentro de mi empresa, no son estos los que voy a dar.
Una vez más, soy de la opinión, que son muy buenos ejemplos las situaciones cotidianas a las cuales todos nosotros nos enfrentamos en nuestro plano personal.
El ayudar a tomar una decisión estratégica con un negocio familiar, donde la carga emotiva puede conducir fácilmente a tomar decisiones erradas.
Tener capacidad de liderar la resolución de los “pequeños” conflictos que tenemos que resolver frecuentemente en el plano personal/familiar ,todos ellos nos permiten aprender de una manera directa ,sin necesidad de costosos programas de formación en habilidades directivas y tienen una aplicación directa a la vida profesional.
Por qué, es posible ser un líder en el plano profesional sin ejercer un claro liderazgo en el plano personal?


3.Exerce liderança assente em que propósitos?
En primer lugar en aplicar una gran carga de responsabilidad en todo lo que hago, sentir la empresa donde uno trabaja como propia, los valores que uno tiene en la vida personal poder aplicarlos a la vida profesional y al contrario.
Asumir los errores colectivos como errores propios, los éxitos personales como el resultado del trabajo colectivo.
En tener una preocupación constante porque las personas que trabajan con nosotros disfruten, hasta de las situaciones más complicadas.

Me gusta mucho la definición de líder emprendedor:
“ adopta el estilo participativo utiliza la consulta para practicar el liderazgo. No delega su derecho a tomar decisiones finales y señala directrices específicas a sus subalternos, pero consulta sus ideas y opiniones sobre muchas decisiones que les incumben”.

Rafael Corzo

2 de maio de 2011

Gerir Operações é o quê?



As funções numa empresa são várias e as suas áreas de actividade podem ir desde a área administrativa ao marketing, passando pela contabilidade, recursos humanos, informática, etc. Acontece que uma organização/empresa tem uma competência central (core) quando se apresenta ao mercado. Onde essa competência é desenvolvida é a área de operações.

Diria então que, a área de OPERAÇÕES, "as is", numa empresa é onde está centrada a competência core para a qual a empresa existe e que permite proporcionar ao cliente aquilo que ele quer! As operações são o "coração da actividade! Por exemplo, num restaurante podemos ter duas áreas de competência central. Quando se foca na cozinha (operações de produtividade como Mc.Donalds) ou quando se foca no atendimento personalizado, às mesas.

Falar de operações é falar de transformação de algo em valor acrescentado daí que devemos considerar sempre a equação (é igual em todo o lado, em qualquer organização):

INPUT»processo»OUTPUT  , sendo por isso necessário encontrar os inputs e os outputs a que se propõem as operações da organização.

Ser um líder de operações é, inevitavelmente, ter duas preocupações:
>servir e acrescentar valor!
Contudo, nas operações ele fá-lo de forma diferente. A sua forma de acrescentar valor será vocacionada para a área de operações, logo tem que saber criar sinergias entre as diferentes funções/processos e potenciar situações para melhor servir o cliente. A sua forma de servir, pelo conhecimento que tem do negócio, é ajudar a sua equipa, na Hora H, a encontrar a melhor solução para o cliente.

Que autonomia tem um líder em operações?
Um líder tem que ter autonomia e nas operações não é diferente. A autonomia tem que ser sempre encarada como a capacidade que existe de decidir, a cada momento, o melhor para o cliente. Ou seja, só faz sentido falar em autonomia quando esta é colocada ao serviço do cliente, excedendo as suas expectativas e fazendo-o voltar! Claro que um gestor pode não ter autonomia para comprar uma máquina, mas tem autonomia para propor a sua compra (a quem está hierarquicamente acima dele), justificando-a com a melhor prestação de serviço ao cliente. Quem está acima tem que ter a capacidade de dar resposta ao pedido. Costumo dizer que, um dos grandes desafios de um líder em operações é "puxar" pela organização, fazê-la ser melhor a cada dia, através do desenvolvimento de pessoas ou de processos!

Como fixar prioridades?Também aqui é fundamental que o líder tenha uma clara noção de prioridades. Normalmente com a quantidade de informação, pessoas, processos, contratempos, etc., as prioridades são desfocadas e podem ficar mesmo fora de sítio. O foco, o principal indicador da prioridade, são os clientes. Tudo o que não tenha impacto no serviço ao cliente, não é prioritário! Qualquer assunto, preocupação, gasto ou investimento, se tiver impacto no serviço que é prestado ao cliente, então os líderes de operações têm que se fazer ouvir, na hierarquia da organização! Por vezes até se revoltam mas, devem fazê-lo conscientes de que é o melhor para a organização uma vez que é o melhor para o cliente.
 
É importante que o líder em operações domine a área que vai gerir no dia-a-dia?
É importante que saiba o que lá se faz, embora possa não o saber fazer. Tem que saber quais os processos que existem. À medida que se vai "subindo na hierarquia", é natural que as pessoas deixem de saber fazer, mas é importante que saibam o que lá se faz (até ao topo, é sempre verdade). Se não souber, nunca vai ser capaz de detectar sinergias. Um líder que não conhece (embora não dominando) os processos e a organização, não consegue acrescentar valor.
José Marques Mendes