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blogue editado por José Marques Mendes e Luís Luz

27 de março de 2012

Comunicação Interna - Parte 2

Comunicação interna assenta no Porquê, no Quê mas, deixa espaço para o Como.

1. Porquê que se comunica um determinado assunto?
2. O Quê que nos preocupa em tal assunto?
3. Como se altera esse assunto?
1e 2 deve ser tratado com os colaboradores mas o ponto 3 deve ser tratado pelos colaboradores. São eles quem mais sabem como.


Comunicação interna informa para unir todos em volta dos objetivos, cultura e valores. Para que nos compreendamos mutuamente e nos comprometamos.


A comunicação interna vai por passos e por trás de um Plano de Comunicação Interna (PCI) há que considerar (perguntar):
1.Que queremos das pessoas para conseguir os objetivos estratégicos?
2.Que aptidões e disponibilidade têm os trabalhadores da empresa?
Cruzar os pontos 1. e 2. dará o pilar para orientar a forma do plano.


A partir daqui teremos resultados diferentes porque teremos comportamentos diferentes e conseguidos com a "ferramenta PCI".

Mas atenção:
Há que evitar que os colaboradores pensem que é “fachada para algo” e conseguir o seu envolvimento por via da comunicação interna. O pensar deles não é uma ação inócua ou desprezível. O que a organização perceciona é decisivo para o seu comportamento global.

Pode suceder sim, que “leiam” a comunicação interna como manobra de diversão se não entenderem o que se comunica e a sua coerência no tempo.
A forma de garantir que tal não acontece, é que a gestão de topo dê o exemplo e seja a primeira a mudar, ser frontal, muito consistente e intelectualmente honesta.
Se não vêm, por parte da hierarquia, propensão a mudar o comportamento como aceitar que peçam às equipas para mudar?

José Marques Mendes

22 de março de 2012

Comunicação Interna - Parte 1

Comunicação interna é uma ferramenta e não um resultado.
O enfoque não é fazer um Plano de Comunicação Interna por si só mas sim, utilizar a comunicação interna para conseguir os objectivos em linha com a estratégia da empresa.

Fazer querer aos outros do que achamos que deve ser feito para melhorar.
Quando os colaboradores se queixam da comunicação interna não quer dizer exactamente isso porque, muitas vezes, nem sequer sabem o que é a comunicação interna. Queixam-se que a empresa não ouve e que não se sentem implicados no projecto de empresa. Esta questão não é comunicação interna. É algo mais porém, a comunicação interna pode ajudar a minimizar.

As empresas não têm problemas de comunicação interna. Têm sim problemas em conseguir implicar os trabalhadores na conquista dos resultados. A comunicação interna não é um fim mas sim um meio; uma ferramenta. Por isso, o responsável pela comunicação interna e o próprio Plano, devem estar alinhados com a estratégia e seus objectivos.

Comunicação interna não deve existir para motivar. Um dia que a realidade seja má, este objectivo será frustrante porque não altera. Comunicação interna é para informar e não deixar as pessoas sem conhecimento interno.

Para orientar a comunicação interna devemos fazer a pergunta:
Que pode fazer a comunicação interna para melhorar o desempenho dos trabalhadores e como tal melhorar os resultados?
A essência não é a insatisfação das pessoas com a comunicação interna mas como esta pode afectar o desempenho.

Não se deve fazer um plano de comunicação interna porque nos deixam ou porque nos pedem. É preciso acreditar nele. Todos e desde o topo. Aliás, são estes os principais prevaricadores.
A comunicação interna tem que ser assumida pelo topo da organização no sentido de informar. A gestão de topo tem como principal responsabilidade saber estar para comunicar quando as coisas não estão bem. Não ter receio à “conferência de imprensa” interna.

Quando vejo que uma organização não aposta na comunicação interna e a liderança foge ao embate com as equipas, então concluo facilmente que a liderança é pobre.

José Marques Mendes

4 de março de 2012

Um líder que trabalha que nem um louco será despedido.

Um líder que trabalha que nem um louco será despedido, mais cedo ou mais tarde. Registem.
O tempo não pára. O dia mantém a mesma dimensão das 24 horas e continuamos a precisar de comer e dormir.
Para além disso, vai-se crescendo e com isso aumentam-se os compromissos de família. Mais tempo para todos estes.

Estas são trivialidades do dia-a-dia mas que, aparentemente, são um entrave ao equilíbrio pessoal.
Um entrave porque as prioridades parecem ser outras. Dedicamo-nos ao trabalho de uma forma que parece não haver mundo. Não haver amanhã.
Pode até nem ser um sacrifício porque muita gente adora trabalhar. Por exemplo eu que, embora não sendo um workaholic, adoro trabalhar. Ainda por cima me pagam para fazer o que gosto.
Estarei entre o hábito forte e o vício controlado.

A entrega ao trabalho pode ser com paixão mas também por carreira e ascensão.
A entrega ao trabalho pode ser simplesmente para empreender.
Mais poder, mais dinheiro, mais responsabilidade, mais stress, menos tempo, menos família, menos nós, mais perigo, mais desgaste, mais frustração e, normalmente, esta sequência termina em mau desempenho e despedimento.

E as pessoas dizem: afinal...tanta coisa para nada! Eu dedicava-me tanto.
Aliás, os colegas dizem: trabalhava incansavelmente.

Quantos já se deram conta de que há pessoas totalmente desoladas porque se entregavam tanto a uma empresa ou função e acabaram dispensadas?

Acontece imenso.
Why?
Porque as pessoas não se preparam. Nem com formação mas, essencialmente, em organização pessoal.
Acham que trabalhar muito é que dará o sucesso.
Desenganem-se.

Next....umas dicas sobre organização pessoal sem que tenham de comprar um livro.
- Usar sempre uma agenda. Nada de post its nem memória.
- Marcar na agenda os tempos para tudo. Seja assuntos profissionais sejam pessoais.

And, the last but not the least, marcar na agenda os tempos em que não vai fazer nada. Literalmente nada. Assim, quando chegar a esse momento, fará qualquer coisa por si.
Easy.
José Marques Mendes