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blogue editado por José Marques Mendes e Luís Luz

14 de fevereiro de 2012

Hoje e Eu

Estamos numa fase muito difícil.
O país está para esquecer.
As empresas neste país, grande maioria, estão para esquecer.
Muitas pessoas, nessas empresas, têm crises pessoais para esquecer.

Do particular para o todo, a visão não é boa.
Do todo para o particular, parecemos pequenos e indefesos.
É natural que as pessoas sintam um mal-estar e uma angústia tremenda.

Olhamos para o país e entristecemos.
Olhamos para o trabalho e desmotivamos.
Olhamos para nós e não nos gostamos.

É URGENTE fazer alguma coisa. Reagir.
Inspirado por uma conversa amiga de há dias, deixo uma dica que considero das mais importantes que manifestei até agora.
É séria, honesta, sincera e com muito de mim.

Não olhemos para o país.
Não olhemos tanto para a empresa.
Desfocalizemos do dia-a-dia e olhemos mais para nós.
Não é egoísmo nem individualismo, ainda que pareça.

Há que reagir prestando mais atenção a nós mesmos.
Façamos algo por nós. Nós somos um corpo e muito mais.
Nós somos amigos. Somos família. Somos entretenimento.
Somos gargalhadas. Somos correr, andar e passear.
Somos ler. Somos escrever. Somos pensar e divagar.

Nós não somos só trabalho.
Somos viajar. Somos dormir e sonhar.
Somos beleza, estética e bem-estar.
Somos desporto. Somos comer e beber.

Somos filantropos. Somos ajuda.
Somo carinho. Somos médicos de nós.

Cuidemos das nossas relações.
Telefonemos a um amigo. Marquemos um jantar ou passeio.
Busquemos o filme que queríamos. Compremos o livro.
Lembremos amizades. Construamos ideias.

Falemos mais com a mulher. Com o marido.
Oiçamos mais os pais, os filhos.
Comuniquemos com os ouvidos e com os olhos.

Não sejamos tão ativos e acelerados.

Somos muito mais do que o que julgamos.
Somos muito para além de Portugal e do trabalho.
Puxemos por nós e desfocalizemos do quotidiano.

Façamos algo por nós.

Não oiçam os noticiários. Atrofiam.
Não esperem pelo país, governo ou empresas.
Não esperem.
Avancem por conta própria.
José Marques Mendes

10 de fevereiro de 2012

INVESTIR...no orgulho

Há dias, ao escrever sobre o futuro, nomeadamente chamando a atenção para o que fazemos hoje de grandioso, que nos projete no futuro e encha de orgulho os nossos descendentes, dava duas sugestões:

·         Investir o que não temos.
·         Ir além de nós mesmos.


É sobre isso que me estendo, hoje, neste texto.
Nos dias que correm, sugerir investir para além do que se tem parece estupido e irresponsável porém, insisto e explico.

As duas sugestões são as faces da mesma moeda.
Há uma tendência para dar 100 só quando se tem 200. A velha máxima de que ninguém dá nada a ninguém está muito enraizada.
Quem tem 100, não dá nada porque diz que só tem 100.
Pois bem, dinheiros há parte e cada um faz o que quiser das suas economias, esforce-se por ir mais além do que dar dinheiro.

É a isso que me refiro.

Investir, não numa perspetiva de dinheiro e função da posse de dinheiro mas sim, dedicação.
Ir para além de nós é fazer algo pelos outros.
Investir o que não se tem e ir além de nós mesmos, é ajudar quem está pior que nós, independentemente do bem ou mal que estamos a fazer.

Ajudar é simplesmente ajudar.

Mesmo quem está mal, seguramente se cruzará com quem está pior.
Deixar-se levar pela paixão e entusiasmo em obras sociais e intervir desinteressadamente.
Apoiar iniciativas dos outros sem o “bota abaixo” só porque não foi sugestão sua.

Hoje toca-nos ajudar. Amanhã há de tocar-nos outra coisa qualquer!
Afinal, a vida tem um fim e é igual para todos!

É usual dizer que liderar é tomar decisões dificeis. Pois bem, os líderes que tomem a decisão mais séria de todas se querem merecer esse título:
decidam ajudar sem pensar.

José Marques Mendes