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blogue editado por José Marques Mendes e Luís Luz

25 de abril de 2016

Não tema as consequências

É muito frequente termos convicções de que certas coisas (não) devem ser feitas, ou então existirem de modo distinto do atual. Mas é demasiado frequente não fazermos nada para que essa mudança ocorra. Na maior parte das vezes, não agimos porque tememos algo e, quase sempre, essa algo é fútil: o nosso comodismo.

A verdade é que o tempo passa e permitimo-nos continuar a (con)viver perante uma realidade com a qual não concordamos, mas que sabemos como melhorar. E porque não tomamos tais iniciativas? Tememos pelas consequências e deixamos andar, mesmo que para tal tenhamos que abdicar das nossas convicções? Na prática não estamos a permitir que a nossa vida não enriqueça, não evolua enquanto vivência.

O mais curioso é que, muitas vezes, tornamo-nos corajosos e proativos em situações limite, quando a realidade dos facto torna muito mais difícil um processo de melhoria. Aí deixamos de temer para começarmos a fazer aquilo que sempre dissemos que deveria ser feito… só que nestas situações os resultados já nunca serão tão eficazes quanto poderiam ser.

Parecemos patetas e andamos a assobiar para o lado tempo de mais e, só mais tarde, arregaçamos a mangas e partimos para a luta. Tarde de mais?

Prefiro optar por ter um pensamento positivo e acreditar que mais vale tarde do que nunca. E também não abdico de aprender com os erros, sendo que um passo tardio no passado significará um avanço mais rápido no futuro, pois, pior que errar, é não aprender com os erros!

Ah: e não devemos temer, pois as consequências resultam em sentirmo-nos melhor do que com a frustração de não termos agido.

Luís Luz

17 de abril de 2016

O despedimento... à Mourinho!

Mourinho foi despedido.
Foi despedido e não queria. Assumiu, dias depois, que foi a primeira vez na carreira que saiu de um clube contra a sua vontade.
Não sei se há outra verdade ou outros fatores para além dos conhecidos mas, a considerar o que sabemos e ouvimos, Mourinho foi despedido como muita gente o é - por desempenho e com indeminização.
Pelo facto de estar a ter um mau desempenho, a "entidade patronal" exerceu o poder de despedir pagando os direitos acordados.

Nestas coisas da indemnização, uns conseguem mais que outros e, excecionalmente, uns ganham milhões. Mas não é isso que me leva escrever estas palavras. Indeminizações à parte, o despedimento contra a vontade do “alvo” é uma coisa tremendamente forte. Emocionalmente forte.

Eu, apesar de me sentir profissionalmente um afortunado, porque ao longo da carreira mudei inúmeras vezes de situação profissional e com algum sucesso, também uma vez fui despedido. Fui de verdade e assumo que foi contra a minha vontade.
Por isso, gostei de ver o Mourinho a assumir em vez de dissimular com coisas como "chegamos a um acordo", "foi bom para ambas as partes", "chegou o fim de um ciclo", etc, etc...
Nada disso. Não queria e pronto. Não gostou e pronto.

É assim.
Aqui expresso em palavras simples uma simbólica homenagem a todos os profissionais que passam pela infelicidade do despedimento. Apesar do desempenho, não queriam deixar o que estavam a fazer.
Ainda e em tom de sugestão a todos os que se deparam com esta realidade, deixo a minha convicção:
-Quando assumimos (mesmo) um infortúnio, com introspeção e análise, podemos renascer mais fortes. Apesar das memórias, é possível fortificar a integridade e motivação.

Eu consegui e o Mourinho vai estar de regresso mais forte, não tenho dúvida. Sejam fortes neste ano de 2016.

José Miguel MM

3 de abril de 2016

Arquivo vivo | Os ViP

Não raras vezes, cruzamo-nos com pessoas que, no ponto de vista delas próprias, se acham mais importantes e até superiores aos demais com quem se cruzam e até conhecem... mas fingem ignorar. De facto, podem fazê-lo por vaidade, egocentrismo ou ainda por considerarem ser esta a atitude certa para chamar à atenção; até poderão destacar-se, mas seguramente que não pelos melhores motivos.

Aquilo que estão a transmitir é que pensam que são mais do que os outros, a única pessoa com quem se preocupam é com ela própria e que não são confiáveis pois só são atenção a quem percebem que lhes poderá dar uma benefício de volta. O que não é propriamente um bom princípio de caráter...!

«Situações que envolvem vaidosos, popularuchos e que alimentam a sua estima com o "vi que me viste".
É isso mesmo. Só têm como objetivo serem reconhecidos, não cumprimentam ninguém e fazem de conta que estão muito compenetrados em algo. Acham-se importantes e acima dos restantes mortais. 
Sao os ViP. Vaidosos i popularuchos.
Há dias estive num evento que envolvia várias figuras conhecidas e o panorama era esse. Alguns ilustres faziam-se notar mas não notavam nada. Olhavam mas não viam.

Porque puxo este assunto num contexto de liderança?»

Vale a pena (re)ler o texto original: clique aqui.

Luís Luz