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blogue editado por José Marques Mendes e Luís Luz

10 de julho de 2012

Liderança Política

Hoje escrevo sobre liderança política inspirada no momento de Portugal.

Todos os dias é a mesma coisa. Críticas e mais críticas e mais críticas e mais greves e mais greves e mais inconstitucionalidade, etc, etc.

Porque não paramos um pouco?
Porque não deixamos a responsabilidade e o protagonismo para os governantes e no final do mandato avaliamos?
Avaliamos o governo, premiamos renovando os votos ou reprovamos votando noutros.
Entretanto, acho que deveríamos deixar governar quem se propôs a tal.
Parece que digo isto por ser quem sou mas, honestamente, não sou exatamente quem pareço. Sou bastante mais imparcial que isso.

É costume dizer que somos de brandos costumes mas já há quem vaticine que não somos tão brandos assim e que um dia nos “passaremos da cabeça”.
Atenção à ação levada à letra!!!
Muito cuidado pois nem deve ser uma coisa nem outra porém, acho que as duas considerações podem ser consideradas adequadas.
Devemos ser brandos no tempo e deixar governar quem se propôs governar mas, devemos “passar-nos da cabeça” no momento de votar. Ir votar e manifestar energeticamente a avaliação que fazemos do governo.

Ser brandos em tempo mas agressivos na avaliação.

Por enquanto acho que devemos parar de ser obstáculo. Quando digo devemos refiro-me à oposição, sindicatos, trabalhadores, desempregados e restantes desiludidos como eu.
Aliás, quando elegemos é para 4 anos. São só mais 3anos!
Paremos de ser obstáculo.
Estamos todos muito revoltados com a situação do país e com todas as medidas de austeridade.
Eu próprio sinto uns nervos miudinhos e uma vontade de esganar o governo, comer relvas, cortar cristas, bater portas, enfim, apelar a todos os santos.
É verdade que o país precisa de reformas e o Governo tem a sua estratégia. Por outro lado, os cidadãos têm a faca e o queijo na mão e devem usá-los bem.
Nós somos quem vota e podemos com esse voto manifestar o conforto ou desconforto.
Dentro de 3anos podemos votar em Passos Coelho ou não. Podemos dar um novo mandato ao PSD ou não. Podemos promover uma simples derrota ou uma catástrofe eleitoral.

Se as medidas que o Governo está a tomar não tiverem efeito e até colocarem o país pior, podemos votar de maneira a que o PSD não volte ao poder tão cedo.
Se as coisas se compuserem e as medidas ajudarem a equilibrar Portugal perante a Europa, então votemos de forma a dar continuidade a este trabalho.
A seu tempo sentiremos a vontade de decidir.
Entendo com isto que podemos decidir o que queremos para a liderança e podemos avaliar a gestão deste Governo no momento oportuno.

O que não devemos é estar sempre a criar obstáculos. Quer os partidos da oposição quer os sindicatos quer nas empresas públicas, não devem estar sempre em greves e a obstruírem.
Assim estamos a dar desculpas e razões a quem lidera para não chegar onde devia.
Mais ainda e mais importante, com estas manifestações e obstáculos estão a ser demasiado protagonistas dos problemas e das soluções.
No final não conseguiremos avaliar com rigor o que devemos fazer ao votar, tal foi o conflito. Revoltados trocamos de Governo só por trocar, mas quem vem a seguir faz o mesmo.

Reparemos nas empresas privadas. A liderança não é posta em causa a toda a hora. Há mais estabilidade. Traçam-se estratégias de viabilidade e luta-se pela sua aplicação.

Por isso digo que adoraria que todos parássemos durante os próximos 3 anos e deixássemos o Governo fazer o que entende. Dizemos que não confiamos nos políticos mas são eles que têm de governar e como não podemos “atirar a toalha ao chão sobre ser português em Portugal” temos de confiar e deixá-los trabalhar.
Vamos sofrer mas vamos poder avaliar corretamente e decidir com a consciência tranquila de quem não dificultou.
Assim é que deve ser. Assim é que é correto.

Então faz algum sentido que um Governo seja eleito e passado um ano os partidos que perderam já estejam a dificultar e a criticar? Não faz, claro que não faz.
Esperem pela sua vez, serenos e tranquilos que ela vai chegar.
A continuar assim chega com certeza.
José Marques Mendes

1 comentário:

streble disse...

uma coisa eu já reparei ao longo do tempo (e sou jovem ainda)... é que quem mais reclama são aqueles que no dia das eleições vão até ao centro comercial, á praia ou mesmo de fim de semana para fora e quando lhes perguntamos se foram fazer uso do direito que lhes é dado para mudar o rumo das coisas a resposta é sempre a mesma... votar para quê?.... meus amigos que não votam eu só queria dizer... não reclamem, lutem nas eleições