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blogue editado por José Marques Mendes e Luís Luz

6 de março de 2011

Há chefes parasitas

Já no passado os trabalhadores tinham uma ambição:
»que a terra fosse de quem a trabalha;
Hoje, eu estimulo os profissionais para que:
»ganhem a organização que constroem.
Lutem com acção, emoção e sofrimento. O prazer do sofrimento faz-nos fortes e alimenta o desejo do brio profissional.
Arrepiem-se de orgulho. Faz bem e é bom sinal.


Ao longo da minha carreira profissional e de uma forma geral na minha vida, por onde tenho passado tenho deixado marcas. As pessoas que comigo vão inter-agindo ficam com a memória de um relacionamento próximo, intenso, saudável, humano mas também muito competitivo. Talvez até, combativo.
Levo a vida com essa intensidade e essa é a minha marca. Dificilmente perco naquilo em que me envolvo mas, quando perco tenho a certeza de uma coisa: não foi, seguramente, por facilitismo.
Levar a vida sem stress mas também sem facilitismo, é algo em que acredito e recomendo.
Os líderes deveriam ser todos assim mas não o são. Há os que vão a “reboque ou à boleia". Vão porque há quem lhes dê boleia. Não gastam em transporte nem se preocupam, que é o mesmo que dizer, não gastam tempo a pensar nem se preocupam em decidir.
Aliás, andar à boleia dos outros dá-lhes uma sensação de responsabilidade delegada. O que suceder de mal foi com “o da boleia”. Se chegarem ao destino, conseguiram.
Nas vossas lideranças, aceitem que há momentos em que é preciso dar boleia a outro líder. É certo mas, atenção porque não pode ser sempre com os mesmos…nem a todo o momento. Se assim for, estão na presença do Líder Parasita.
Existem muitas pessoas que chegaram a líderes ou chefes, de alguma coisa, por “obra e graça do espírito santo”. Há muitos motivos para além do esforço e brio profissional. Não importa como chegam lá. O que importa, verdadeiramente, é que depois de chegarem a um cargo de chefia, devem exerce-lo com profissionalismo, organização e dedicação às causas e às pessoas. Não é “passear no posto” mesmo sendo uma agradável pessoa para os outros.
Existem chefias que vivem dos desempenhos das suas equipas. Só vivem disso. São parasitas.
Também para estes, parasitas, há remédio.
José Marques Mendes

4 comentários:

Carlos Morais Neves disse...

Achei um dos teus mais intensos, e até autênticos textos, parabens.
Carlos.

José Marques Mendes disse...

Obrigado pelo teu comentário no blogue. Foi, de facto, com muita intenção.
Reparo que vais acompanhando esta minha aventura e isso inspira-me imenso. Um forte abraço,
JMM

Anónimo disse...

O maior perigo de permitir numa equipa um líder parasita é correr o perigo de enfraquecer os fortes e desmotivar os "felizes"! C.

Anónimo disse...

Sem dúvida. Um perigo, sim.