Foi despedido e não queria. Assumiu, dias depois, que foi a primeira vez na carreira que saiu de um clube contra a sua vontade.
Não sei se há outra verdade ou outros fatores para além dos conhecidos mas, a considerar o que sabemos e ouvimos, Mourinho foi despedido como muita gente o é - por desempenho e com indeminização.
Pelo facto de estar a ter um mau desempenho, a "entidade patronal" exerceu o poder de despedir pagando os direitos acordados.
Nestas coisas da indemnização, uns conseguem mais que outros e, excecionalmente, uns ganham milhões. Mas não é isso que me leva escrever estas palavras. Indeminizações à parte, o despedimento contra a vontade do “alvo” é uma coisa tremendamente forte. Emocionalmente forte.
Eu, apesar de me sentir profissionalmente um afortunado, porque ao longo da carreira mudei inúmeras vezes de situação profissional e com algum sucesso, também uma vez fui despedido. Fui de verdade e assumo que foi contra a minha vontade.
Por isso, gostei de ver o Mourinho a assumir em vez de dissimular com coisas como "chegamos a um acordo", "foi bom para ambas as partes", "chegou o fim de um ciclo", etc, etc...
Nada disso. Não queria e pronto. Não gostou e pronto.
É assim.
Aqui expresso em palavras simples uma simbólica homenagem a todos os profissionais que passam pela infelicidade do despedimento. Apesar do desempenho, não queriam deixar o que estavam a fazer.
Ainda e em tom de sugestão a todos os que se deparam com esta realidade, deixo a minha convicção:
-Quando assumimos (mesmo) um infortúnio, com introspeção e análise, podemos renascer mais fortes. Apesar das memórias, é possível fortificar a integridade e motivação.
Eu consegui e o Mourinho vai estar de regresso mais forte, não tenho dúvida. Sejam fortes neste ano de 2016.
José Miguel MM
Sem comentários:
Enviar um comentário