É muito frequente termos convicções de que certas coisas (não) devem ser feitas, ou então existirem de modo distinto do atual. Mas é demasiado frequente não fazermos nada para que essa mudança ocorra. Na maior parte das vezes, não agimos porque tememos algo e, quase sempre, essa algo é fútil: o nosso comodismo.
A verdade é que o tempo passa e permitimo-nos continuar a (con)viver perante uma realidade com a qual não concordamos, mas que sabemos como melhorar. E porque não tomamos tais iniciativas? Tememos pelas consequências e deixamos andar, mesmo que para tal tenhamos que abdicar das nossas convicções? Na prática não estamos a permitir que a nossa vida não enriqueça, não evolua enquanto vivência.
O mais curioso é que, muitas vezes, tornamo-nos corajosos e proativos em situações limite, quando a realidade dos facto torna muito mais difícil um processo de melhoria. Aí deixamos de temer para começarmos a fazer aquilo que sempre dissemos que deveria ser feito… só que nestas situações os resultados já nunca serão tão eficazes quanto poderiam ser.
Parecemos patetas e andamos a assobiar para o lado tempo de mais e, só mais tarde, arregaçamos a mangas e partimos para a luta. Tarde de mais?
Prefiro optar por ter um pensamento positivo e acreditar que mais vale tarde do que nunca. E também não abdico de aprender com os erros, sendo que um passo tardio no passado significará um avanço mais rápido no futuro, pois, pior que errar, é não aprender com os erros!
Ah: e não devemos temer, pois as consequências resultam em sentirmo-nos melhor do que com a frustração de não termos agido.
Luís Luz
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