Apesar de precisarmos de rotinas e de alguma consistência na vida, quer na pessoal quer na das organizações, a criatividade acrescenta-lhe entusiasmo, adrenalina e sentido de crescimento.
Os homens são seres de hábitos e rotinas e por isso é muito importante estar atento. É muito importante estar atento à dimensão que esses hábitos e essas rotinas têm sobre as nossas vidas.
Podem dominar-nos e destruir-nos.
Quando vamos de carro de casa para o trabalho, vamos pensando nos nossos afazeres e o “criado mental” leva-nos sem que nos demos conta. Tudo flui sem pensar no trajeto. O “criado mental” é de uma eficiência singular mas o problema é quando ocupa todo o espaço do nosso dia.
Tudo acontece de forma automática e tornamo-nos esquemáticos e previsíveis.
Não há aqui espaço para nenhuma criatividade.
Estamos falidos. Mentalmente falidos de imaginação, iniciativa, ideias e risco.
Não posso deixar de partilhar uma frase de Anais Nin que nos diz muito da forma como encaramos o que nos rodeia - “nós não vemos as coisas como são, vemos as coisas como somos”.
Orientação: Que fazer, então, para romper os esquemas mentais e a previsibilidade comportamental?
Começar por questionar os próprios hábitos como por exemplo, mudar o caminho diário de casa para o trabalho e vice-versa. Mudar o local em que se toma o café pela manhã e experimentar locais novos de almoço. As companhias nestes momentos também devem ser alvo de mudanças.
Ao mesmo tempo que se questionam as rotinas, devemo-nos perguntar sobre o seu valor para a nossa vida. Será que em vez de fazer uma coisa poderia estar fazendo outra mais útil e interessante?
No limite, poder-se-á criar o hábito de mudar os hábitos. Estar permanentemente a quebrar rotinas e a questionar o status quo.
José Marques Mendes
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