Reflexão: Não
podemos ser nós e o nosso umbigo.
Logo
em pequenos, crescemos sendo o centro das atenções e tudo girava em torno de
nós. Habituamo-nos a receber muito e a dar pouco.
Ao
contrário dos muitos bons ensinamentos que recebíamos na escola e em casa, este
hábito de receber muito e dar pouco é uma má prática. É uma má cultura
educacional.
Receber,
ter, ganhar, conquistar, herdar, etc, são tudo verbos de encher, o bolso, o ego
e pouco mais.
O
ego é o nosso pior amigo. É um amigo, sem dúvida, porque o queremos “sentir e
ter por perto” porém, de entre os amigos é o mais perigoso. A relação com ele é
tormentosa.
Quem
não tem amigos cuja relação é uma espécie de amor-ódio?
Se
alimentar o ego é o centro das nossas ações, então estamos muito dependentes
deste amigo. Fazemos as coisas pelo seu bem-estar permanente e isso acaba
por deixar-nos perturbados e saturados. Daí o ódio que por vezes sentimos pelo
ego. Pelo nosso ego. Por nós, portanto.
É
com esta reflexão que me apercebo que o ego, para além de ser importante aliado
não é o fim de nós. Não é um fim em si mesmo. Nós não somos apenas o nosso ego.
Orientação: Devemos estar mais disponíveis para os
outros. Servir os outros quer nas suas necessidades quer nas suas expetativas.
Se o nosso comportamento estiver mais voltado para os outros, provavelmente não
alimentamos o nosso ego mas estamos a ser muito superiores a ele. Nós somos
mais que o nosso ego. Vale a pena dizê-lo mais que uma vez. Nós somos mais que
o nosso ego.
Seria
um enorme passo relacional se, quando estamos a tratar de algo com alguém
conseguíssemos tomar consciência se estamos a pensar nos dois em vez de ser,
apenas, em nós.
Isso
é serviço, liderança e vale muitas Missas e mil Perdões.
José Marques Mendes
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