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blogue editado por José Marques Mendes e Luís Luz

16 de abril de 2013

Serviço l


Reflexão: Não podemos ser nós e o nosso umbigo.
Logo em pequenos, crescemos sendo o centro das atenções e tudo girava em torno de nós. Habituamo-nos a receber muito e a dar pouco.
Ao contrário dos muitos bons ensinamentos que recebíamos na escola e em casa, este hábito de receber muito e dar pouco é uma má prática. É uma má cultura educacional.
Receber, ter, ganhar, conquistar, herdar, etc, são tudo verbos de encher, o bolso, o ego e pouco mais.

O ego é o nosso pior amigo. É um amigo, sem dúvida, porque o queremos “sentir e ter por perto” porém, de entre os amigos é o mais perigoso. A relação com ele é tormentosa.
Quem não tem amigos cuja relação é uma espécie de amor-ódio?
Se alimentar o ego é o centro das nossas ações, então estamos muito dependentes deste amigo. Fazemos as coisas pelo seu bem-estar permanente e isso acaba por deixar-nos perturbados e saturados. Daí o ódio que por vezes sentimos pelo ego. Pelo nosso ego. Por nós, portanto.
É com esta reflexão que me apercebo que o ego, para além de ser importante aliado não é o fim de nós. Não é um fim em si mesmo. Nós não somos apenas o nosso ego.

Orientação: Devemos estar mais disponíveis para os outros. Servir os outros quer nas suas necessidades quer nas suas expetativas. Se o nosso comportamento estiver mais voltado para os outros, provavelmente não alimentamos o nosso ego mas estamos a ser muito superiores a ele. Nós somos mais que o nosso ego. Vale a pena dizê-lo mais que uma vez. Nós somos mais que o nosso ego.

Seria um enorme passo relacional se, quando estamos a tratar de algo com alguém conseguíssemos tomar consciência se estamos a pensar nos dois em vez de ser, apenas, em nós.
Isso é serviço, liderança e vale muitas Missas e mil Perdões.

José Marques Mendes

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