
Recuperar empresas pode passar por planos de marketing, planos
financeiros, planos de ações agressivos, fusões, alienações, parcerias,
internacionalização, exportação, etc, etc. Enfim, muita coisa complicada que se
aprende na vida e nas escolas de negócios e que custa muito dinheiro.
Tudo certo porém, no meu entender passa por algo mais simples. Se as organizações
são constituídas por pessoas, são elas que trabalham e decidem e no final são
elas que vão para o desemprego, então porque não assumir que a recuperação das
empresas é a recuperação das pessoas e do seu talento.
Se as pessoas estão na empresa só podemos esperar o seu contributo –
participação ativa e suada. A essência da recuperação de uma empresa é a
recuperação das suas equipas, para servir a própria empresa. Criar equipas fortes eliminando os elos mais fracos, nivelando sempre mais acima.
Claro que uma organização tem uma pirâmide hierárquica e de
responsabilidades pelo que, recuperar as pessoas e o seu talento começa no
topo. Os líderes são os primeiros a serem resgatados. É um equívoco pensar que
no topo está tudo em forma e só nas bases é que está a fraqueza. É um equívoco
canceroso.
A recuperação das pessoas e do seu talento começa de cima para baixo
de forma a criar propagação e alavancagem de liderança, motivação e
criatividade.
Está é a base de tudo e todo o resto é apenas ferramentas de trabalho.
Desenganem-se os que pensam que recuperação de empresas é…cash e só cash, ou
seja, “arranjem-me dinheiro que eu viabilizo a empresa”. Às vezes quando oiço
esta ideia apetece-me corrigir para “arranjem-me dinheiro que eu queimo-o na
empresa”. Quando as coisas estão mal-amanhadas qualquer dinheiro que se injete
na empresa…esfuma-se.
Há dias, explicando a uma pessoa o princípio que me move no desenvolvimento
de empresas, ela exclamou “parece fácil”.
Depende do nível de emergência em que está a empresa mas pode ser fácil.
O que é preciso é tê-los no sítio - os talentos, claro!
O que é preciso é tê-los no sítio - os talentos, claro!
José Marques Mendes
1 comentário:
Olá!
Não podia deixar de concordar com a sageza da abordagem, mesmo não estando no ramo da recuperação de empresas, mas estando há muitos anos no seio de empresas preocupadas com o seu equilíbrio financeiro e social.
Eu optaria pela solução: recuperem as pessoas e a empresa e eu dar-vos-ei dinheiro...
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