...oops, that's life! |
A vida não é perfeita e por isso sucedem-se momentos de enorme
tristeza.
As pessoas perdem parentes próximos em circunstâncias inesperadas,
perdem empregos quando precisam de dinheiro para o equilíbrio familiar, ouvem
críticas ao seu comportamento sem que tenham feito nada de errado, são constituídas
arguidas de casos que não lhe dizem respeito.
Quando as pessoas cometem erros e são alvo de pressão por esses mesmos
feitos, há um incómodo enorme, um desconforto diário, uma tristeza e até uma
vergonha mas, em consciência, a pessoa sabe que algo de errado fez. A sua consciência
sobre o mal feito ajuda a aceitar o negativismo que a rodeia. Fica-se perturbado consigo mesmo e isso faz sentido e é aceitável. Se
erramos, sabemos que erramos e isso vai ajudando a uma mentalização para o
sofrimento.
Há portanto,
tristeza que se justifica e tristeza que não se aceita porém, a tristeza afeta
o comportamento humano. De uma ou de outra
maneira, a tristeza marca o dia-a-dia e condiciona a atuação da pessoa.
É por
isso que a estas palavras associo valentia. A valentia de quem assume que vai
ultrapassar esse “vale de morte emocional”.
Em liderança
há que estar preparado para momentos de profunda tristeza, independentemente
dos fundamentos, para poder seguir em frente de cabeça levantada. Não se trata
de seguir em frente de cabeça levantada só para que os demais vejam a “força”
da pessoa mas sim, muito importante, porque a pessoa tem mesmo essa força
interna.
A vida de cada
um tem de ter em si mesmo um líder que se exceda em valentia para ultrapassar
os momentos de tristeza que estão sempre a aparecer. Sempre.
Em liderança,
a tristeza tem um espaço reservado ao lado da valentia.
José Marques Mendes
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