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blogue editado por José Marques Mendes e Luís Luz

25 de julho de 2012

Gestão é...

A gestão é muito mais do que as aparências.
A gestão não é uma questão técnica. Quando se fala de gestores parece haver uma associação a quem estudou gestão ou economia e a quem está familiarizado com finanças e mercados.
Ser gestor pode ser isso mas isso só não faz um gestor, isto é, não é condição suficiente.

Gerir empresas não é uma questão técnica e de formação académica. Não é uma questão de diploma.
Gerir empresas e gerir bem é um compromisso bastante mais profundo, relacional e de convicção. É uma questão de método, disciplina e motivação.
Se fosse uma questão técnica, analítica e de formação então porquê que com tantos diplomados, temos tantas dificuldades em viabilizar empresas?

Hoje, mais do que nunca, há formação em gestão e suas variantes.
Hoje, pessoas de várias áreas académicas podem-se formar em gestão através de pós-graduações e MBAs.

Para se ser um bom gestor tem que se ter tudo o que está dito atrás mas também e essencialmente, muito do que ficou por dizer.
Permitam-me que guarde para mim como é ser um bom gestor porque, para além da minha certeza há a certeza de cada um dos que querem ser bons gestores.
Isso é que faz a diferença. Querer ser bom gestor e não apenas um gestor.
Isso é que faz a diferença. O que cada um acredita em si para ser bom.

Não queiram ser gestores apenas. Ambicionem ser gestores de sucesso. Há maneira de cada um, o que importa é que tenham sucesso.
People, Portugal needs your ambitious.

José Marques Mendes

19 de julho de 2012

Mudança e Liderança

Em tempos, promovi um workshop sobre liderança e mudança nas organizações. Convidei jovens líderes de uma organização. Quadros intermédios e em início de carreira. Passou-se em Espanha há cerca de 10 anos. Revendo as conclusões desse excelente dia de trabalho, chego à feliz constatação que as ideias são muito válidas hoje. Concorde-se ou não, em concreto ou em abstrato, no todo ou em parte, são pilares bastante elucidativos.


Porque é real e exigiu bastante reflexão, a sua utilidade é inequívoca e aqui partilho.
E porque tem um toque nostálgico, deixo no idioma de origem.



Conclusiones, sobre:

1.    Los cambios en la organización:          
-Son importantes pero no se explican convenientemente.

-Aunque teniendo motivos muy validos estos cambios no explican todo, esencialmente los métodos utilizados.
-Muy frecuentemente no llegan a cumplir las distintas fases, muchas veces se quedan inacabados.
-Los involucrados en los cambios no tienen la misma percepción sobre su razón y dimensión.
-Normalmente nos vienen, no lo creamos.
-Son necesarios.

2.    Los líderes en la organización:
-Deben representar capacidad.
-Deben ser una referencia.
-Deben disfrutar siéndolo.

Não é nada que nos surpreenda mas merece toda a nossa atenção.
Simples e importante.

José Marques Mendes

10 de julho de 2012

Liderança Política

Hoje escrevo sobre liderança política inspirada no momento de Portugal.

Todos os dias é a mesma coisa. Críticas e mais críticas e mais críticas e mais greves e mais greves e mais inconstitucionalidade, etc, etc.

Porque não paramos um pouco?
Porque não deixamos a responsabilidade e o protagonismo para os governantes e no final do mandato avaliamos?
Avaliamos o governo, premiamos renovando os votos ou reprovamos votando noutros.
Entretanto, acho que deveríamos deixar governar quem se propôs a tal.
Parece que digo isto por ser quem sou mas, honestamente, não sou exatamente quem pareço. Sou bastante mais imparcial que isso.

É costume dizer que somos de brandos costumes mas já há quem vaticine que não somos tão brandos assim e que um dia nos “passaremos da cabeça”.
Atenção à ação levada à letra!!!
Muito cuidado pois nem deve ser uma coisa nem outra porém, acho que as duas considerações podem ser consideradas adequadas.
Devemos ser brandos no tempo e deixar governar quem se propôs governar mas, devemos “passar-nos da cabeça” no momento de votar. Ir votar e manifestar energeticamente a avaliação que fazemos do governo.

Ser brandos em tempo mas agressivos na avaliação.

Por enquanto acho que devemos parar de ser obstáculo. Quando digo devemos refiro-me à oposição, sindicatos, trabalhadores, desempregados e restantes desiludidos como eu.
Aliás, quando elegemos é para 4 anos. São só mais 3anos!
Paremos de ser obstáculo.
Estamos todos muito revoltados com a situação do país e com todas as medidas de austeridade.
Eu próprio sinto uns nervos miudinhos e uma vontade de esganar o governo, comer relvas, cortar cristas, bater portas, enfim, apelar a todos os santos.
É verdade que o país precisa de reformas e o Governo tem a sua estratégia. Por outro lado, os cidadãos têm a faca e o queijo na mão e devem usá-los bem.
Nós somos quem vota e podemos com esse voto manifestar o conforto ou desconforto.
Dentro de 3anos podemos votar em Passos Coelho ou não. Podemos dar um novo mandato ao PSD ou não. Podemos promover uma simples derrota ou uma catástrofe eleitoral.

Se as medidas que o Governo está a tomar não tiverem efeito e até colocarem o país pior, podemos votar de maneira a que o PSD não volte ao poder tão cedo.
Se as coisas se compuserem e as medidas ajudarem a equilibrar Portugal perante a Europa, então votemos de forma a dar continuidade a este trabalho.
A seu tempo sentiremos a vontade de decidir.
Entendo com isto que podemos decidir o que queremos para a liderança e podemos avaliar a gestão deste Governo no momento oportuno.

O que não devemos é estar sempre a criar obstáculos. Quer os partidos da oposição quer os sindicatos quer nas empresas públicas, não devem estar sempre em greves e a obstruírem.
Assim estamos a dar desculpas e razões a quem lidera para não chegar onde devia.
Mais ainda e mais importante, com estas manifestações e obstáculos estão a ser demasiado protagonistas dos problemas e das soluções.
No final não conseguiremos avaliar com rigor o que devemos fazer ao votar, tal foi o conflito. Revoltados trocamos de Governo só por trocar, mas quem vem a seguir faz o mesmo.

Reparemos nas empresas privadas. A liderança não é posta em causa a toda a hora. Há mais estabilidade. Traçam-se estratégias de viabilidade e luta-se pela sua aplicação.

Por isso digo que adoraria que todos parássemos durante os próximos 3 anos e deixássemos o Governo fazer o que entende. Dizemos que não confiamos nos políticos mas são eles que têm de governar e como não podemos “atirar a toalha ao chão sobre ser português em Portugal” temos de confiar e deixá-los trabalhar.
Vamos sofrer mas vamos poder avaliar corretamente e decidir com a consciência tranquila de quem não dificultou.
Assim é que deve ser. Assim é que é correto.

Então faz algum sentido que um Governo seja eleito e passado um ano os partidos que perderam já estejam a dificultar e a criticar? Não faz, claro que não faz.
Esperem pela sua vez, serenos e tranquilos que ela vai chegar.
A continuar assim chega com certeza.
José Marques Mendes