José Marques Mendes
blogue editado
blogue editado por José Marques Mendes e Luís Luz
26 de julho de 2015
19 de julho de 2015
As pessoas certas, no lugar certo… e no tempo certo!
A escolha das pessoas certas (ou do perfil certo das pessoas) é uma das preocupações principais de um líder empresarial, na medida em que é da composição dos elementos da sua equipa que vai depender o potencial de valorização de um negócio… ou, pelo menos, da parte que é controlável internamente pela organização.
Outro aspeto fundamental a verificar-se é a colocação dessas pessoas certas nos respetivos lugares certos. Esta afirmação pode parecer demasiado óbvia, contudo nem sempre é isso que constatamos nas realidades empresariais: é “normal” ver-se um bom vendedor a ser promovido a chefe de vendas, posição na qual possa já não estar tão à-vontade; é “natural” premiar-se um ágil colaborador no mercado nacional para explorar novas operações internacionais, contextos nos quais poderá não se adaptar; é “costume” um recém-licenciado assumir um cargo de Administrador pelo simples motivo de ser familiar do principal acionista, mesmo não detendo as competências necessárias que tais responsabilidades exigem. Há muitos casos onde este tipo de evoluções são meritórias e dão bons frutos, mas outras que se revelam verdadeiros calvários… até para aqueles que foram - supostamente - promovidos!
Mas há um terceiro fator crucial para o resultado: o tempo (a época, a conjuntura). Isto porque podemos até ter as pessoas certas (com as melhores competências), no lugares/cargos certos, mas não para lá estarem num determinado período pelo qual a empresa atravessa. Teoricamente, elas podem ser as pessoas que mais conhecimento e experiência transportam mas, na prática, outras pessoas conseguirem lidar melhor com o contexto particular que se está a atravessar e, desta forma, mobilizarem de modo mais eficaz os recursos. Por vezes, as mudanças de realidade implicam mudança de protagonistas, sugerindo que aqueles que pressupomos como mais capazes possam não ser as figuras certas num dado período temporal. Pode ser porque estes transportem consigo uma “herança” do passado, ou pode até não ser possível encontrar um racional e simplesmente sabermos serem necessárias mudanças para que os resultados surjam. São admiráveis os vários casos de sucesso que se veem com a aposta em responsáveis que advêm de outras realidades, de outros setores, e que por isso são por vezes vistos como menos capazes mas que, contudo, são quem melhor consegue implementar um turnaround e energizar as equipas, mobilizando-as para uma nova etapa na vida da empresa; estes, transportam outras experiências e, acima de tudo, questionam o status quo de quem está num setor há muito tempo, podendo funcionar como verdadeiras “lufadas de ar fresco” em toda a dinâmica empresarial.
Certas decisões implicam riscos elevados, sobretudo quando as suas fundamentações possam ser um pouco subjetivas. Mas, se tem a confiança de que é o melhor para o negócio, avance. Mais tarde poderá não poder fazer mais do que... lamentar-se.
Luís Luz
12 de julho de 2015
Vou liderar uma equipa! | Sara Magalhães
- "Amigos, acabei de ser promovido! Vou liderar uma equipa!"
- "Eia grande novidade! Parabéns! Isso é que é subir! Vais mandar, poder fazer as coisas à tua maneira, ganhar mais e ter uma boa vida!"
Quem já não ouviu isto?
Estas frases feitas tantas vezes repetidas, após a almejada promoção na hierarquia.
E depois?
Depois vem o trabalho. O dia-a-dia.
A luta constante pelos resultados, pela coesão de uma equipa em torno de uma visão, a gestão de conflitos, a mobilização de recursos sempre escassos, a corrida pela eficiência sem perder a qualidade....
E a gestão de tempo. Esse tempo que parece sempre pouco. Para gerir e ouvir todas as pessoas, para produzir relatórios, para reunir com trabalhadores, diretores, fornecedores...
E aí surge uma revelação!
Afinal como líder não mando mais... não faço sempre as coisas à minha maneira... posso ganhar mais mas possivelmente trabalho muito mais horas... mais preocupações... nas reuniões nunca posso só assistir, sou o "artista de serviço" que gere o momento, mantendo o animo na análise dos assuntos, como moderador nos debates mais acalorados, e promovendo a objetividade nas divagações que teimam em surgir.
E no final concluo... ser líder é acima de tudo Servir. Uma equipa, a organização, o cliente...
Pode ser diferente? Pode. Mas aí sou um chefe, daqueles que surgem e desaparecem e não deixam saudades...
Se mesmo assim vale a pena? Vale.
Saber Servir, qualquer que seja a hierarquia, em casa, no trabalho, com amigos... dá muito trabalho, mas permite fazer a diferença todos os dias.
Inspirar pessoas a superam-se, sem medo que também elas queiram servir ao nosso lado ou até numa posição acima de nós.
Promover uma cultura de entrega, disponibilidade e compromisso movida pela paixão das ideias.
E no fim poder deixar um legado.
O melhor de todos...
O legado em que alguém nos diz: hoje sou melhor porque TU estiveste aqui!
5 de julho de 2015
Arquivo vivo | 2011, o País e Nós
Este texto foi redigido em 2011 na ótica do país "Portugal e do nós "portugueses". O seu conteúdo mantém-se perfeitamente atual, se bem que - se fosse hoje - bem que se poderia intitular «2015, a Grécia e os Gregos», fosse essa a nossa nacionalidade...
«Como ser humano e profissional, poderia tentar levar a vida o melhor possível, ganhar o mais possível, dar à família o mais possível, gozar a vida o mais possível, viajar o mais possível, procurar os melhores empregos possíveis, enfim, poderia dar-me o que mais me satisfizesse. Todo o possível. Pelo menos tentar.
Vale a pena (re)ler o texto original: clique aqui.
«Como ser humano e profissional, poderia tentar levar a vida o melhor possível, ganhar o mais possível, dar à família o mais possível, gozar a vida o mais possível, viajar o mais possível, procurar os melhores empregos possíveis, enfim, poderia dar-me o que mais me satisfizesse. Todo o possível. Pelo menos tentar.
Não tomo essa decisão. Não é essa decisão. Essa decisão apenas contribui para o meu futuro. É um contributo limitado.
O que me tem fascinado é a tomada de consciência que podemos contribuir muito para além do que é o nosso amanhã. Podemos contribuir para o amanhã das pessoas que nos rodeiam. Das pessoas das organizações em que estamos. Das organizações dos clientes, dos fornecedores. Das instituições que vamos cruzando, seja por razões religiosas, seja pela educação dos filhos. Seja pelo que seja. Vamo-nos cruzando com os outros e vamos fazendo a diferença, acrescentando algo ao momento.
Em cada dia que vamos vivendo sinto que cada momento é para dar o máximo. Dar com foco nos outros. Dar com o foco em acrescentar algum valor.»Vale a pena (re)ler o texto original: clique aqui.
Luís Luz
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