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blogue editado por José Marques Mendes e Luís Luz

31 de maio de 2013

Delegar ll

Reflexão: Um processo de delegação tem de ter quem atribua responsabilidades mas também quem as receba. Portanto, deverá haver, na relação hierárquica, quem atribua responsabilidades de forma correta, com conta peso e medida e, simultaneamente, quem esteja preparado para assumir essas responsabilidades.

A delegação vai para além do querer. Do querer da chefia em delegar e apostar num colaborador ou numa equipa. Há, todavia, uma dimensão mais delicada e que passa por garantir que os recetores dessa delegação estão preparados, quer em conhecimento quer em perfil.
Se quem recebe responsabilidades, tarefas ou missões não está avalizado para tal, o tempo tratará de evidenciar mau desempenho e incompetência.
Responsabilidades para quem delegou e não avaliou adequadamente o recetor e responsabilidades para quem recebeu e não foi suficientemente crítico de si mesmo.

Quando num processo de delegação as coisas falham por incapacidade do recetor, as consequências devem recair sobre os dois, chefia e colaborador.
Por vezes não é o que acontece e a chefia refugia-se na incompetência do colaborador mas, em pura verdade, a chefia foi incompetente na avaliação.

Numa organização, é importante a delegação mas mais importante ainda é delegar bem e para que tal suceda, a chefia e o colaborador tem de avaliar convenientemente as potencialidades.
Se existem, perfeito. Se não existem, criem-se. Daí a utilidade do bom recrutamento de pessoas, da formação e orientação das mesmas.


Orientação: Se por ventura está a ser alvo de delegação de responsabilidades, missões ou tarefas, ajuíze-se bem. Tome conta de si mesmo. Conheça-se bem.
Não nos devemos lançar em compromissos, sem nos sentirmos preparados para tal, que a ambição ou vontade de protagonismo nos leva a aceitar.
Isso pode ser uma “promoção à incompetência”.
Aliás, nos dias de hoje onde o desemprego caminha para os 20%, as pessoas tendem a aceitar qualquer trabalho que surja porém, se não estão capacitados para tal, terminam dando um passo em falso e o currículo ressente-se.
 
José Marques Mendes

18 de maio de 2013

Delegar l

Reflexão: se queremos e podemos assumir mais responsabilidades e compromissos no dia-a-dia, então há que recorrer a outras valências - as pessoas.
 
Delegar é a chave para potenciar o crescimento. Porém, muitas pessoas pensam que delegar é dar aos outros tarefas para fazer. Entendem que dizer aos outros o que devem fazer já é delegação.
Delegar não é mandar fazer algo ou pedir para fazer algo.
Delegar não é carregar os outros de coisas para fazer.
Delegar não dar o “osso e ficar com a carne”.
Delegar não é deixar a empresa às 18h e as equipas às 20h.
 
Mandar é algo que se faz na qualidade de chefe (démodé) e tomando os outros por subordinados.
Mandar é algo que representa o uso do poder pelo poder.
Mandar é algo que é usado por quem tem necessidade de reforçar a sua autoconfiança, através dos outros.
 
Devemos experimentar pedir. Algo ao alcance de qualquer um, em qualquer momento e que apenas precisa de humildade e respeito pelos outros.
Pedir é uma forma de delegar. Orientar as pessoas para um desafio ou tarefa é outra.
Para além de pedir ou orientar, também se pode priorizar, dizendo às pessoas o que é mais importante e mais relevante.
Delegar é pedir, é orientar, é priorizar mas também é dar.
Dar condições às pessoas para fazerem bem o que têm de fazer. Prestar atenção à carga de trabalho que têm, aos recursos que têm e perguntar-lhes:
- o que precisa para que esteja em equilíbrio com a sua vida profissional?
 
Delegar é algo tão importante que precisa de conhecimento. Delegar é uma das faculdades imprescindíveis do líder ou de quem pretende sê-lo. Aprende-se a delegar e não se delega só porque se quer.
Delegar, acima de tudo delegar bem, dá que pensar e precisa de aprendizagem.
 
 
Orientação: se sente que os seus dias estão completamente cheios de tarefas e não sobra tempo, nem para pensar, então há algo errado e, seguramente, está sem possibilidade de delegar.
Se não tem ajuda para os compromissos, se não tem organização pessoal e coletiva, então faça uma introspeção sobre o “não tenho tempo para nada”.
 
A outra reflexão que aconselho é temperamental. Se os nervos tomam conta de nós com alguma frequência e isso nota-se no relacionamento com os outros, então isso é sobrecarga. Há que organizar e delegar.
Faça uma introspeção sobre o “estou a exaltar-me com frequência”.
 
José Marques Mendes