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blogue editado por José Marques Mendes e Luís Luz

31 de março de 2013

Integridade ll

Reflexão: Eu próprio tenho dúvidas. Por vezes duvido se vale a pena a integridade quando os obstáculos são imensos e há pessoas a lutar com “outras” armas.
Cada um vai-se armando com o que pode e os comportamentos estão pelas “ruas da amargura”.
A propósito, não sou “o mais fino da minha rua” mas em integridade procuro ser. Que mal tem procurar ser o mais íntegro quando isso só beneficia os outros? O comportamento íntegro protege os demais e isso motiva-me de forma extraordinária. No imediato posso perder mas no longo prazo é uma realidade fantástica inquestionável.

A vida está muito dura e as pessoas não conseguem centrar-se nos valores e nos princípios. Não há tempo, não há paciência, não há força. A energia diária está canalizada para sobrevivência, dinheiro e poder. Exatamente nesta ordem. Ter um emprego e uma vez nele ganhar o mais possível. Quando o dinheiro já não é problema, o poder centra as atenções.
A vida não é tão curta como parece. Não há razão para vivermos tão focados no imediato e a qualquer custo. A vida é suficientemente longa e dá espaço para errar, sofrer, aprender, mudar e voltar a errar.
Ao longo da vida iremos pagar a fatura dos comportamentos.

Vá lá eu perceber porquê que famílias se gladiam por poder e dinheiro. Conflitos diários são normais e fazem crescer as pessoas mas, as causas têm de valer a pena. As motivações têm de valer a pena porque os conflitos pagam fatura.
Se o objetivo é o poder e a riqueza individual, então vale a pena perguntar-se porquê. Porquê que me disponibilizo para conflitos permanentes com os meus pais, filhos, irmãos, etc?
Concentro-me na esfera familiar porque, de entre todos os ambientes relacionais este é o de excelência. Um comportamento íntegro aí, é uma excelente base a extrapolar para outras organizações.
Uma família não é só pai, mãe e filhos. É um conjunto de gerações em vida. São várias pessoas que cresceram experienciando diferenças brutais pelo que, as habilidades relacionais entre todos são fundamentais.

Nas empresas é igual…para pior. Os interesses são parecidos mas outros. Numa organização empresarial a gestão de conflitos é um requisito da liderança. Quem o sabe fazer contribui, quem não sabe, destrói.
Admito que, em grande maioria, as motivações dos conflitos são o dinheiro e o poder. Quase tudo se resume a poder.
Parabéns aos lutadores por este poder. Podem chegar à morte mais fortes mas morrem na mesma. Acabamos todos da mesma maneira e ainda “ninguém comprou a perpetuidade”, com dinheiro.
 
Orientação: Sempre que estivermos próximos de um conflito é fundamental questionarmo-nos porque devo fazer parte dele. É vital ter sempre consciência da importância do conflito para a nossa vida e da motivação que ele representa para nós. É exatamente quando estamos perto do abismo que devemos dar um passo atrás. Mesmo que não pareça um abismo e ambicionemos progredir, ponderar se vale a pena arriscar…o tal passo em frente.

José Marques Mendes

23 de março de 2013

Integridade l

Reflexão: Os dias que correm põem a nu a força estrutural de cada um. As adversidades são de tal ordem que a tentação para prevaricar é enorme.

Na vida em geral e em particular nas organizações, a pressão é imensa e as pessoas tentam salvar o seu rumo. Esta pressão gera angústia e medo, atirando as pessoas para comportamentos desviantes. Comportamentos novos. Aos olhos das próprias pessoas, são atitudes e reações como nunca antes haviam tido.

“Ultrapassam os colegas pela direita”. Na estrada é ilegal, no comportamento é falta de ética.

A pressão que vai sobre todos na luta pela sobrevivência é brutal e só de imaginar ficar meses sem rendimento dá uns arrepios de morte. Vale tudo para salvar a pele, pensam uns. Tudo menos matar e roubar.
Certo?
O que é mesmo certo é agir sempre coerentemente com os valores e princípios de cada um. Os princípios e valores de vida de cada um, uma vez (sempre) presentes no comportamento da pessoa, confere-lhe o estatuto de íntegro.
Este fulano é íntegro. Este rótulo deveria ser o maior ativo do ser humano. Um ativo, logo, algo de extremo valor nas relações com os outros. Um selo de confiança e de previsibilidade.

Mais importante ainda. Nas adversidades dos dias, atuar com integridade não é um fim em si mesmo. É um meio. Ter permanentemente um comportamento íntegro é um meio para sobreviver e ultrapassar as dificuldades.


Orientação: Creio que vale a pena que cada um reflita sobre quais são os seus princípios de vida e com que valores se quer ver identificado. Uma vez definidos esses pilares, assentar todas as atitudes nessa coerência. Tudo isso fará a pessoa mais forte e mais bem-sucedida.
As pessoas mudam mas os princípios não. Os valores absolutos não mudam, pelo menos nos que se preocupam com a integridade mesmo quando a vida parece estar contra.

José Marques Mendes