Cada um vai-se armando com o que pode e os comportamentos estão pelas “ruas da amargura”.
A propósito, não sou “o mais fino da minha rua” mas em integridade procuro ser. Que mal tem procurar ser o mais íntegro quando isso só beneficia os outros? O comportamento íntegro protege os demais e isso motiva-me de forma extraordinária. No imediato posso perder mas no longo prazo é uma realidade fantástica inquestionável.
A vida está muito dura e as pessoas não conseguem centrar-se nos valores e nos princípios. Não há tempo, não há paciência, não há força. A energia diária está canalizada para sobrevivência, dinheiro e poder. Exatamente nesta ordem. Ter um emprego e uma vez nele ganhar o mais possível. Quando o dinheiro já não é problema, o poder centra as atenções.
A vida não é tão curta como parece. Não há razão para vivermos tão focados no imediato e a qualquer custo. A vida é suficientemente longa e dá espaço para errar, sofrer, aprender, mudar e voltar a errar.
Ao longo da vida iremos pagar a fatura dos comportamentos.
Vá lá eu perceber porquê que famílias se gladiam por poder e dinheiro. Conflitos diários são normais e fazem crescer as pessoas mas, as causas têm de valer a pena. As motivações têm de valer a pena porque os conflitos pagam fatura.
Se o objetivo é o poder e a riqueza individual, então vale a pena perguntar-se porquê. Porquê que me disponibilizo para conflitos permanentes com os meus pais, filhos, irmãos, etc?
Concentro-me na esfera familiar porque, de entre todos os ambientes relacionais este é o de excelência. Um comportamento íntegro aí, é uma excelente base a extrapolar para outras organizações.
Uma família não é só pai, mãe e filhos. É um conjunto de gerações em vida. São várias pessoas que cresceram experienciando diferenças brutais pelo que, as habilidades relacionais entre todos são fundamentais.
Nas empresas é igual…para pior. Os interesses são parecidos mas outros. Numa organização empresarial a gestão de conflitos é um requisito da liderança. Quem o sabe fazer contribui, quem não sabe, destrói.
Admito que, em grande maioria, as motivações dos conflitos são o dinheiro e o poder. Quase tudo se resume a poder.
Parabéns aos lutadores por este poder. Podem chegar à morte mais fortes mas morrem na mesma. Acabamos todos da mesma maneira e ainda “ninguém comprou a perpetuidade”, com dinheiro.
Orientação: Sempre que estivermos próximos de um conflito é fundamental questionarmo-nos porque devo fazer parte dele. É vital ter sempre consciência da importância do conflito para a nossa vida e da motivação que ele representa para nós. É exatamente quando estamos perto do abismo que devemos dar um passo atrás. Mesmo que não pareça um abismo e ambicionemos progredir, ponderar se vale a pena arriscar…o tal passo em frente.
José Marques Mendes