O país está para esquecer.
As empresas neste país, grande maioria, estão para esquecer.
Muitas pessoas, nessas empresas, têm crises pessoais para esquecer.
Do particular para o todo, a visão não é boa.
Do todo para o particular, parecemos pequenos e indefesos.É natural que as pessoas sintam um mal-estar e uma angústia tremenda.
Olhamos para o país e entristecemos.
Olhamos para o trabalho e desmotivamos.Olhamos para nós e não nos gostamos.
É URGENTE fazer alguma coisa. Reagir.
Inspirado por uma conversa amiga de há dias, deixo uma dica que considero das mais importantes que manifestei até agora.É séria, honesta, sincera e com muito de mim.
Não olhemos para o país.
Não olhemos tanto para a empresa. Desfocalizemos do dia-a-dia e olhemos mais para nós.
Não é egoísmo nem individualismo, ainda que pareça.
Há que reagir prestando mais atenção a nós mesmos.
Façamos algo por nós. Nós somos um corpo e muito mais.Nós somos amigos. Somos família. Somos entretenimento.
Somos gargalhadas. Somos correr, andar e passear.
Somos ler. Somos escrever. Somos pensar e divagar.
Nós não somos só trabalho.
Somos viajar. Somos dormir e sonhar.Somos beleza, estética e bem-estar.
Somos desporto. Somos comer e beber.
Somos filantropos. Somos ajuda.
Somo carinho. Somos médicos de nós.Cuidemos das nossas relações.
Telefonemos a um amigo. Marquemos um jantar ou passeio.Busquemos o filme que queríamos. Compremos o livro.
Lembremos amizades. Construamos ideias.
Falemos mais com a mulher. Com o marido.
Oiçamos mais os pais, os filhos.Comuniquemos com os ouvidos e com os olhos.
Não sejamos tão ativos e acelerados.
Somos muito mais do que o que julgamos.
Somos muito para além de Portugal e do trabalho.Puxemos por nós e desfocalizemos do quotidiano.
Façamos algo por nós.
Não oiçam os noticiários. Atrofiam.
Não esperem pelo país, governo ou empresas.Não esperem.
Avancem por conta própria.
José Marques Mendes