Atenção!
Atenção a todos os que têm responsabilidades no futuro da
gestão das empresas. É curioso como em plena crise as empresas ainda têm
incompetentes e inábeis na liderança das empresas. Eu não sei porque ocupam
lugares de tamanha responsabilidade quando não fazem a mais pequena ideia do
que é gerir uma empresa.
Nessas empresas existem 100, 200, 400 ou mais vidas
familiares e essas pessoas, apesar de se sentirem responsáveis por estar no
topo, são autênticos inconscientes. Ocupam lugares sem formação e preparação
para tal.
É como andar de carro sem carta ou pegar numa moto sem
conhecer a problemática das duas rodas.
Não me refiro apenas a cargos de topo mas a todos os quadros
de gestão, quer sejam de topo quer sejam chefias intermédias.
É fantástica a falta de coragem ou talvez seja apenas uma
questão de bom senso. Digo bom senso porque pode ser o que esteja a faltar a
estas pessoas para mudarem as chefias e colocarem lá “quem sabe ao que vai”.
Essas pessoas, líderes impreparados para o futuro, são os
sortudos de outros tempos em que a função lhes caiu no regaço. Não caíram na
cadeira do poder mas antes pelo contrário, a cadeira meteu-se-lhes por baixo.
E agora não saem de lá. Se eles não se tiram a si mesmo do
lugar, quem os tirará?
Talvez um dia pela queda da empresa.
Quando as coisas se complicarem a sério, eles terão de se
libertar da empresa dizendo – é a crise, foi a crise.
Pode ser a crise mas também é a incapacidade para prever e
atuar e envolver todos numa estratégia que contorne os obstáculos.
É que gerir em tempo de vacas gordas…foi fácil. Agora os
métodos são outros e os níveis de determinação têm de ser extremamente ousados.
O bom senso é imperioso para que saibamos quando temos de
deixar um lugar ou uma função. Há coisas que não nos dizem para fazermos pelo
que temos de ser nós mesmos a decidir em causa própria.
O bom senso é uma característica que não valorizamos em
suficiência mas que nos pode salvar do “Princípio de Peter”.
José Marques Mendes