blogue editado

blogue editado por José Marques Mendes e Luís Luz

27 de outubro de 2013

Criatividade ll

Reflexão: Vivemos numa época muito competitiva e de mudança permanente. Para não se “apodrecer”, as pessoas e empresas devem ser flexíveis. Para se conseguir ser flexível e aberto à mudança é fundamental modificar hábitos enraizados no comportamento humano e organizacional.

Muitos esforços de mudança empresarial não dão resultado. Infelizmente não chega querer e ter muita força de vontade. Apesar de muito empenho na mudança, há organizações onde as coisas não mudam. Tudo parece que vai mas não vai e logo volta tudo ao ponto de partida.

Vive-se uma frustração brutal e um sentimento de impotência.
E porquê?
Porque não se insiste, não se insiste, não se insiste.
Há que tentar uma e outra vez e mais outra vez e por fim, mais uma vez. É preciso uma dose louca de persistência.
É preciso empurrar os empecilhos, tirar do caminho os profetas da desgraça, matar os velhos do restelo e arrumar, literalmente, os que matam a mudança.

Para se chegar a esta determinação há que correr riscos e isso é uma atitude a desenvolver. A começar pelas chefias de topo, todos têm de estar predispostos ao risco. Como se pode pedir às pessoas para serem proactivas e inovadoras se as chefias vão sempre pelo seguro.
É deprimente ver chefias a exigir às equipas para mudarem mas eles próprios não se atrevem ao diferente. Estão confortáveis na cadeira do poder…até ao dia em que caem dela.


Orientação: Entendo que uma forma de incentivar a correr riscos é admitir que o comportamento humano “navega” entre uma área de segurança e uma de risco. A área de risco tende a ser muito pequena e a de segurança muito grande porém, apesar de defender que não deve ser 50-50, devemos criar apetência ao risco.
Isso faz-se desafiando o dia-a-dia. Começar pelas coisas simples como alterar os hábitos diários e, aprofundando, pode chegar a roturas conjugais e laborais.
É ir além do status-quo que atrofia o desenvolvimento e a adaptabilidade.

José Marques Mendes

14 de outubro de 2013

Criatividade l

Reflexão: A criatividade tem tudo a ver com imaginação e novidade e muito pouco ou nada com rotinas e hábitos.
Apesar de precisarmos de rotinas e de alguma consistência na vida, quer na pessoal quer na das organizações, a criatividade acrescenta-lhe entusiasmo, adrenalina e sentido de crescimento.
Os homens são seres de hábitos e rotinas e por isso é muito importante estar atento. É muito importante estar atento à dimensão que esses hábitos e essas rotinas têm sobre as nossas vidas.
Podem dominar-nos e destruir-nos.

Quando vamos de carro de casa para o trabalho, vamos pensando nos nossos afazeres e o “criado mental” leva-nos sem que nos demos conta. Tudo flui sem pensar no trajeto. O “criado mental” é de uma eficiência singular mas o problema é quando ocupa todo o espaço do nosso dia.
Tudo acontece de forma automática e tornamo-nos esquemáticos e previsíveis.
Não há aqui espaço para nenhuma criatividade.
Estamos falidos. Mentalmente falidos de imaginação, iniciativa, ideias e risco.

Não posso deixar de partilhar uma frase de Anais Nin que nos diz muito da forma como encaramos o que nos rodeia - “nós não vemos as coisas como são, vemos as coisas como somos”.


Orientação: Que fazer, então, para romper os esquemas mentais e a previsibilidade comportamental?
Começar por questionar os próprios hábitos como por exemplo, mudar o caminho diário de casa para o trabalho e vice-versa. Mudar o local em que se toma o café pela manhã e experimentar locais novos de almoço. As companhias nestes momentos também devem ser alvo de mudanças.
Ao mesmo tempo que se questionam as rotinas, devemo-nos perguntar sobre o seu valor para a nossa vida. Será que em vez de fazer uma coisa poderia estar fazendo outra mais útil e interessante?
No limite, poder-se-á criar o hábito de mudar os hábitos. Estar permanentemente a quebrar rotinas e a questionar o status quo.

José Marques Mendes