Muitos esforços de mudança empresarial não dão resultado. Infelizmente não chega querer e ter muita força de vontade. Apesar de muito empenho na mudança, há organizações onde as coisas não mudam. Tudo parece que vai mas não vai e logo volta tudo ao ponto de partida.
Vive-se uma frustração brutal e um sentimento de impotência.
E porquê?
Porque não se insiste, não se insiste, não se insiste.
Há que tentar uma e outra vez e mais outra vez e por fim, mais uma vez. É preciso uma dose louca de persistência.
É preciso empurrar os empecilhos, tirar do caminho os profetas da desgraça, matar os velhos do restelo e arrumar, literalmente, os que matam a mudança.
Para se chegar a esta determinação há que correr riscos e isso é uma atitude a desenvolver. A começar pelas chefias de topo, todos têm de estar predispostos ao risco. Como se pode pedir às pessoas para serem proactivas e inovadoras se as chefias vão sempre pelo seguro.
É deprimente ver chefias a exigir às equipas para mudarem mas eles próprios não se atrevem ao diferente. Estão confortáveis na cadeira do poder…até ao dia em que caem dela.
Orientação: Entendo que uma forma de incentivar a correr riscos é admitir que o comportamento humano “navega” entre uma área de segurança e uma de risco. A área de risco tende a ser muito pequena e a de segurança muito grande porém, apesar de defender que não deve ser 50-50, devemos criar apetência ao risco.
Isso faz-se desafiando o dia-a-dia. Começar pelas coisas simples como alterar os hábitos diários e, aprofundando, pode chegar a roturas conjugais e laborais.
É ir além do status-quo que atrofia o desenvolvimento e a adaptabilidade.
José Marques Mendes