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blogue editado por José Marques Mendes e Luís Luz

25 de setembro de 2011

Carlos Morais Neves

A ideia antiga de chefe vs subordinado está estafada e ultrapassada. Actualmente podemos considerar, sem desprimor, que a chefia (líder) não tem respostas para tudo pelo que, deve dar autonomia ao subordinado para ter ideias, as expor e, na sua escala de responsabilidades, as pôr em prática. Evidentemente com supervisão.
Eu já trabalho assim há muitos anos e na minha actividade nem havia tempo para ser doutra forma, provocando-se assim uma maior automotivação em quem faz.

Por outro lado a avaliação deverá ser levada a cabo pelo atingido e não pelo que se pretendia atingir.
Nesta perspectiva, o líder deverá mais ser uma bússola com três vertentes muito importantes: Mudar, Valorizar e Energizar. Em termos químicos, um excicador.

Sob esta visão o líder deverá ser aquele que acredita até ao fim mesmo quando os subordinados estão a desacreditar.
Desta forma também é mais importante que o líder, quando não pode ajudar pelo menos que não dificulte.
Carlos Manuel MN

19 de setembro de 2011

O Espaço...no Tempo certo

O espaço é importante para o líder. Diz-se que liderar é um estado isolado. Não pelas pessoas, porque normalmente existem equipas envolvidas, mas sim um estado mental. Quem lidera tem de ter a lucidez de antecipar decisões, ver rumos e fazer opções. Para isso é necessário reflectir. Isso requer tempo e, desde logo, é necessário parar.
Mas mais do que o tempo é necessário cuidar o espaço. O espaço porque as coisas não acontecem em qualquer lado e de qualquer forma. Parar mas acima de tudo escolher onde parar.

Um dos sítios que é uma opção para muita gente é a igreja. Não propriamente quando se vai a uma cerimónia ou com a regularidade de uma missa semanal. Pode ser mas também pode ser uma opção ocasional. Decidir entrar numa igreja para parar e reflectir. Não necessariamente rezar. Não é disso que se trata. Trata-se de um ambiente para reflectir e decidir para dentro.
Daí que, para além da igreja, pode fazer sentido um jardim público, uma margem de um rio, uma ida ao cinema, um passeio, conduzir, etc, etc. Desde que se respeite o espaço que escolhe, está perfeito. Desde que se sinta o espaço e seja inspirador, perfeito.

Muitas vezes paramos, pensamos, reflectimos mas não sai nada. Damos voltas e voltas e as preocupações mantêm-se inalteradas e sem solução aparente. Tempo perdido. Deu para pouco ou pouco mais que nada.

Então, porquê o bloqueio? O espaço. Parou-se mas não se teve em conta o espaço.

Todos os que temos de fazer opções na vida profissional e pessoal, quer sejam profundas quer sejam superficiais, devemos ter em conta que as coisas não acontecem por acaso. É preciso “reunirmo-nos” no espaço certo. No espaço que “mexe” connosco, que nos inspira.
Em liderança a solução vem de dentro de si mesmo. Emerge estrondosamente. Para tal e depois de muitos inputs, o líder precisa de processar para decidir. Liderar requer uma procura permanente do equilíbrio: tempo e espaço.

José Marques Mendes

14 de setembro de 2011

Teodorico Pais - A longevidade na mesma organização...

A longevidade nas organizações é um valor acrescentado ou um factor de desmotivação?

Aceitei o desafio de escrever e partilhar algumas ideias que considero interessantes para o blog “ liderança sem diploma”.

O tema que serviu de mote para o inicio da minha participação é um tema algo controverso e discutido nas organizações como estratégia de ocupação de lugares de referência e está relacionado com a experiência no negócio numa mesma organização.

Trabalho na mesma organização há cerca de 15 anos e questiono-me muitas vezes se este facto contribui positivamente ou não para a organização e para a motivação pessoal/profissional. Numa análise mais elementar demonstra-se que a permanência numa mesma organização durante muito tempo é sempre mais fácil desembocar na situação perigosa de conformismo e conforto, com perda de capacidade crítica e analítica.

Conhecer aparentemente bem o negócio, as pessoas e os processos pode constituir uma vantagem competitiva mas em simultâneo ser um elemento indutor de perda de capacidade de visão, inovação e pensamento “out of the box”. Pelo contrário, uma mudança de negócio e/ou de área de actividade, de acordo com um plano de carreira pré-determinado é naturalmente um elemento que induz motivação e maior dinâmica pessoal, normalmente útil para a evolução profissional e para um maior enriquecimento de conteúdo. Por outro lado a visão matricial de outros negócios e a experiência em outros sectores pode, e é normalmente, uma mais-valia para nas decisões de gestão na organização.

Todos sabemos que há organizações multinacionais importantes, que impõe que o preenchimento de determinados lugares de gestão de topo tem que ser efectuados por colaboradores que tenham tido um processo evolutivo de progressão de carreira no seio da organização.
Face à lógica do raciocínio anterior questionamos se a especialização, tão desejada nos dias de hoje, e o conhecimento profundo dos negócios são ou não vantagens competitivas capazes de gerar valor para a organização e consequente reconhecimento e motivação individual.

O meu testemunho profissional é sintomático de que é possível encontrar, numa mesma organização, em diferentes fases da carreira, motivação pessoal e simultaneamente contribuir para repensar e reinventar a organização. Procurar oportunidades e estar preparado para a mudança permanente são factores essenciais de orientação.

Após ter percorrido uma carreira na área industrial durante 10 anos, foi fundamental parar e pensar. O MBA, numa fase madura da carreira, foi o drive que faltava. Para se ser líder em uma qualquer organização é necessário perceber o lado do mercado e do cliente. Daí até surgir uma oportunidade na área do Marketing foi um instante. Com determinação e usando os conhecimento básicos adquiridos no MBA na Escola de Gestão do Porto, alcancei posteriormente também a área comercial.

Mais recentemente, e fruto da minha procura incessante, abriram-se as portas para  mais uma fase do percurso profissional, a carreira internacional em Espanha. Encontro-me em Madrid á alguns meses, a liderar o negócio da empresa onde sempre estive e conheço, nas suas diferentes áreas de negócio. É uma experiência importante para quem quer ser líder e assumir o protagonismo e o risco de uma actividade num contexto económico muito complicado.

Obviamente, nada disto é possível se não houver muita força de vencer, competências e um apoio familiar incondicional ao projecto.

Teodorico Pais

9 de setembro de 2011

Liderar e Gerir...não é a mesma coisa!

Não é muito comum dizer-se que se é um Líder. A tendência é para referir-se à função (ser Director disto ou daquilo) ou dizer que se é Gestor. Eu, por exemplo, regularmente me intitulo Gestor de Empresas e não Administrador, ou Director ou Engenheiro, muito menos Líder.

De facto não soava muito bem responder à pergunta sobre o que fazemos:
-Sou líder na empresa XPTO.

O que soa a vaidade ou presunção quando comunicado a alguém, é fundamental quando se assume uma organização. Não nos intitulamos líderes mas devemos ter um comportamento como tal.

Na família, os pais não se intitulam lideres familiares mas, em todo o momento, devem ser uma referência para os filhos, quer enquanto comportamento de vida quer enquanto orientadores. Porém, quer na organização quer na família, existe gestão. Lidera-se e gere-se. É diferente, muito próximo mas acima de tudo, complementar.

Liderar é traçar um rumo, é construir uma motivação, é influenciar os outros a caminhar no mesmo sentido. Transmitir confiança. É servir uma comunidade, uma equipa, a sociedade, enfim, os outros. Está acima da gestão. Não é dissociável de gerir mas apresenta-se com outro elevado grau de responsabilidade. Liderar é trabalhar e ter responsabilidade num campo mais de influência, de referência e que está para além do conhecimento específico da actividade.
Um gestor tem uma responsabilidade mais específica. Um restaurante, uma clínica, uma família, etc, obriga a uma gestão muito específica e de conhecimento. Gerir bem é garantir que os recursos, escassos, sejam suficientes para atingir os resultados. Por exemplo, gerir bem uma empresa é ter os custos controlados, um bom serviço ao cliente e, como resultados, uma boa rentabilidade das vendas. É quase matemático.
Entram recursos por um lado, organizam-se processos, criam-se rotinas, definem-se objectivos e têm-se resultados. Um bom gestor e um mau diferencia-se pela capacidade de conseguir atingir objectivos, pela capacidade de gerir bem os recursos ao seu alcance. Aproveito para dizer que gere-se algo porque não abunda. Escassos recursos que têm de ser rentabilizados.

Liderar é gerir mas com enorme entusiasmo, prazer e até mesmo paixão. Liderar é fazer com que as pessoas que nos rodeiam se identifiquem com o que estão a fazer diariamente. Aliás, isto é quase uma questão de bom senso porque, se vamos todos os dias trabalhar e é no trabalho onde passamos a maior parte do tempo das nossas vidas então, façamo-lo com gosto.
Enquanto líderes, proporcionemos isso às pessoas.
Querer para os outros o que queremos para nós. Se queremos trabalhar com entusiasmo então fazer com que os outros trabalhem com entusiasmo. O entusiasmo do líder vem depois do entusiasmo da sua gente.

Podem existir bons e maus líderes. O mesmo na gestão. Bons e maus. Lidera-se para se tentar fazer a diferença. Ir para além de uma boa gestão. O importante é que exista um bom líder e um bom gestor. É difícil ter-se esta soma porque é raro que uma pessoa seja um bom técnico e um bom motivador. É raro encontrar alguém bom nas duas coisas. É um recurso humano valioso.

E porquê que é difícil ser-se bom nas duas coisas?
Porque, à mesma pessoa, há que somar às características inatas, habilidades comportamentais e conhecimento específico. Ou seja, é preciso que a pessoa se dedique a ser excelente naquilo que faz. Que seja a primeira a tomar a decisão de se desenvolver.
Quantos estamos a tomar essa decisão de fazermos a diferença na nossa vida pessoal e profissional?

José Marques Mendes 

2 de setembro de 2011

Joaquim Romão - Para os momentos de grande expectativa

Estamos a atravessar um período muito difícil, já todos sabemos. O futuro próximo não será mais sorridente. É nestes momentos que, mesmo que por um breve instante, nos atravessa aquele sentimento de “atirar com a toalha ao chão”. Para os que iniciam agora a sua actividade profissional tudo se apresenta mais assustador e impossível de alcançar.

Pois bem, o Miguel Gonçalves, um dos responsáveis do projecto “So you think you can Picth”, no programa Prós e Contras, apresenta uma postura interessante. Falando muito directamente para os jovens profissionais, a sua mensagem serve na perfeição para a generalidade dos que querem verdadeiramente liderar o caminho que trilham.

Já não há espaço nem tempo para esperar sentado à espera de dias melhores. É o momento de ser revolucionário. Continuar a fazer o mesmo de sempre não vai gerar novas oportunidades na nossa empresa. Agarrem-se ao que acreditam e batalhem pelos vossos objectivos. Apresentem propostas de valor e “batam muito punho”, com energia e sagacidade, até conseguirem alcançar o que pretendem. Capitalizem o que já conseguiram até agora na vossa carreira e potenciem o vosso futuro. Aguentem as derrotas e fortaleçam-se com elas.

Vejam e revejam o vídeo do link que anexo até estarem convencidos do percurso que pretendem seguir ou do que querem mudar, seja na vossa empresa ou na vossa vida.
O Video
Joaquim Romão