Costumamos dizer que este é um período de reflexão. Época de natal, amigos, família e boas atitudes. Pois bem, poucas palavras e mais atitude.
Daí que, este será o meu último texto de 2011.
Faço no mesmo enquadramento da liderança mas, estimulando a reflexão na fase que atravessamos.
Muitos de nós dizemos que Jesus foi um líder. Independentemente da religião e crenças de cada um, esta afirmação é pacífica. Aceitá-la não levanta grandes ondas.
Pode-se acreditar mais ou menos no que fez, pode-se seguir mais ou menos as suas mensagens, pode-se crer ou não mas, em boa verdade, Jesus liderou porque através das ações, palavras e decisões, muitos o seguiram fielmente.
É disso que se trata a liderança. Qualquer outra liderança não é sustentável.
Pois bem…Jesus morreu na cruz. O líder não foi assassinado; pior, foi torturado até à morte.
Como é possível que alguém, jovem, entusiasta, mensageiro, praticante do bem, seja eliminado tão cruelmente?
É que Jesus despertou Noutros a inveja e a raiva. Jesus desesperou Outros que queriam o seu espaço e protagonismo sem saber como. Jesus liderava enquanto Outros mandavam. Jesus ajudava enquanto Outros exerciam o poder.
No seu percurso de liderança, Jesus, que vivia das suas boas intenções, não era entendido por muitos Outros. Estes outros só admitiam uma forma de resolver o futuro: aniquilá-lo.
Por isso devemos estar preparados para os Outros. Não nos comparando a este líder, dada a sua dimensão de boas intenções, fazemos muitas coisas boas pelos outros, pelas organizações e pela humanidade. É certo porém que, mesmo agindo bem, muitos Outros não conseguem aceitar a nossa existência. A coexistência.
Nas relações diárias, das empresas e fora delas, há os que não aguentam conviver connosco. A nossa liderança perturba, incomoda, desperta invejas e raivas.
Muita atenção porque isso, muitas vezes, não se nota. Vive-se e convive-se enganado. Se fosse evidente conseguiríamos compensar e combater. Jesus teve que ser enganado.
Meus caros companheiros de leitura,
A minha mensagem vai para a necessidade de estarmos preparados para as grandes consequência do “fazer bem”. O “fazer bem” tem efeitos colaterais. Aceitemos isso e estejamos preparados.
É a vida.
Que alguém os perdoe porque, por vezes, não sabem o que fazem.
José Marques Mendes